
Rede filantrópica é essencial para digitalização da saúde pública, diz Fehosp
Os serviços de saúde do Estado de São Paulo têm até o dia 15 de julho para participar do Mapeamento de Iniciativas de Saúde Digital e de Requisitos Tecnológicos, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). A iniciativa tem como objetivo coletar informações que embasem políticas públicas mais eficazes e estimulem a transformação digital no sistema de saúde.
O levantamento integra o Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Digital (PDI Saúde Digital), desenvolvido pela SES-SP em parceria com o InovaHC, núcleo de inovação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP).
O questionário está disponível no site do Mapeamento Saúde Digital e reúne perguntas sobre infraestrutura, necessidades tecnológicas e adoção de ferramentas digitais nas unidades. Também aborda temas como telessaúde, interoperabilidade, segurança da informação, acessibilidade e o nível de maturidade digital dos serviços.
Participação filantrópica é decisiva para políticas públicas efetivas
Os hospitais filantrópicos, responsáveis por mais de 50% dos atendimentos de média e alta complexidade do SUS no Estado, desempenham um papel estratégico na rede pública de saúde. Mesmo assim, a adesão dessas instituições ao mapeamento tem sido baixa, alerta o diretor-presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp), Edson Rogatti.
“Os hospitais filantrópicos respondem por mais da metade dos atendimentos do SUS em diversos municípios e, em muitos casos, são a única referência de atendimento local. Não dá para planejar a saúde pública sem considerar essa rede. Para isso, precisamos estar presentes nos dados, estatísticas e diagnósticos do sistema”, destaca Rogatti.
Segundo ele, deixar de participar do mapeamento significa invisibilizar uma parte fundamental da engrenagem do SUS.
“O setor filantrópico conhece como ninguém os gargalos da saúde pública. Se queremos soluções reais, precisamos registrar essa vivência e incluí-la no planejamento das políticas de inovação digital”, reforça.
Rogatti também chama atenção para a importância simbólica e prática da iniciativa: “Preencher o questionário vai além de colaborar com uma pesquisa. É uma forma de garantir que as necessidades específicas dos hospitais filantrópicos sejam consideradas nas decisões que vão moldar o futuro da saúde digital nos próximos anos”, conclui.
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